2006 flavia alves

Uso e Ocupação na Bacia Hidrográfica do Ribeirão Santo Antônio, em Iporá-GO, como Subsídio ao Planejamento

Autor (a): Flávio Alves de SOUSA

Orientado (a): Drª. Cláudia Valéria de Lima

Data da Defesa: 14/09/2006

Resumo:

Atualmente, a busca de um modelo de desenvolvimento econômico que nem sempre é o melhor para o Brasil, tem levado a uma intensa degradação dos nossos recursos naturais, por isso cada vez mais é necessário planejar para melhor atuar sobre o meio físico. O presente estudo realizou um diagnóstico dos caracteres físicos da bacia hidrográfica do ribeirão Santo Antônio no município de Iporá no Estado de Goiás, mapeando e descrevendo os principais elementos físicos que compõe a paisagem local, como geologia, geomorfologia, solos, declividade, uso da terra e hipsometria, numa escala de semi-detalhe, ou seja, 1:100.000. Após o mapeamento foi feito o cruzamento das informações que geraram um diagnóstico da suscetibilidade à erosão laminar baseado em dados de solos e declividades, e uma determinação da capacidade de uso das terras conforme a suscetibilidade erosiva. Foi possível ainda determinar a atual conservação/degradação das áreas de preservação permanente, bem como os tipos de manejo utilizados para os solos. Constatou-se que a referida bacia apresenta problemas de conservação de seus mananciais através da retirada das matas ciliares e da descontinuidade das mesmas. Áreas de Reserva Legal na bacia é praticamente inexistente e, o uso predominante da terra é feito por pastagens artificiais. O relevo por apresentar-se mais ondulado e os solos com maior porcentagem de cambissolos representam um obstáculo ao uso mais intensivo da bacia com agricultura temporária, sendo ainda as práticas conservacionistas quase inexistente na bacia. Todos estes aspectos tiveram como meta compreender a atual situação ambiental na bacia estudada a fim de buscar soluções que levem a uma exploração econômica local a níveis de racionalidade e sustentabilidade com uma utilização dos solos compatível com a sua capacidade de suporte. A bacia do ribeirão Santo Antônio segundo o grau de suscetibilidade à erosão laminar, as condições de solo e de relevo, apresenta aptidão para os seguintes usos: silvicultura com cerca de 42% da área destinada a este fim: preservação permanente e reflorestamento 10%; pastagens e culturas perenes 3%; área com restrição parcial a qualquer cultivo 25% e áreas favoráveis para lavouras e pastagens 20%. Diante disso, percebe-se que o uso atual da terra na referida bacia é incompatível com a sua aptidão, conforme dados demonstrativos colocados no capítulo final deste trabalho.

PALAVRAS-CHAVE: Planejamento, diagnóstico, capacidade de uso das terras.