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Conheça o Programa

 

Apresentação

Objetivo Geral

Histórico e Perspectivas

Área de Concentração e Linhas de Pesquisa

 


Apresentação

O Programa de Pós-Graduação em Geografia tem como área de concentração Natureza e Produção do Espaço. Esta área de concentração ampara a busca  em interpretar, com base no pensamento geográfico – e em suas ferramentas as configurações territoriais e socioambientais em diferentes escalas. Considera-se, neste pleito, o papel desempenhado por diferentes atores como os movimentos sociais, políticos e culturais que ocorrem e se desenvolvem o espaço geográfico.

O programa objetiva decisivamente contribuir para a formação de docentes, pesquisadores e recursos humanos especializados no campo de abrangência proposto e de áreas que desenvolvem a pesquisa territorial, enriquecendo a capacidade de investigação do território nacional e daí, possibilitar uma maior lucidez na intervenção do uso do território e na produção do espaço.

Compreende o objetivo do programa a atuação de seus membros na pesquisa avançada e no magistério superior; na formação para desenvolver atividades de planejamento territorial e ambiental, junto a instituições governamentais e não governamentais; a criação de alternativas que fomentem novos modos de desenvolvimento nacional e regional baseando-se em visões integradas entre atores, setores, informações e idéias; o desenvolvimento de estudos que contemplem a relação unitária entre a sociedade e a natureza, observando as diferentes escalas e abordagens, primando pelo respeito à pluralidade de perspectivas teórico-metodológicas.

 

Objetivo Geral

Oferecer subsídios à formação de uma consciência crítica, bem como ao desenvolvimento de uma prática social que, ao mesmo tempo em que questione o modelo de desenvolvimento implementado, ofereça elementos alternativos para uma sociedade mais justa a partir de um projeto que lhe dê sustentabilidade, resgatando a concepção de região enquanto forma de análise espacial que permita visualizar com coerência fenômenos ditados por ações universais e, ao mesmo tempo, particulares.

 

Histórico e perspectivas

A consolidação do Programa de Pós-Graduação em Geografia do IESA/UFG, que foi criado em 1995. Até o ano de 2006 o Programa manteve sua proposta original, com ênfase regional e local, voltada para estudos da região do Cerrado, cuja área de concentração era Natureza e Apropriação do Espaço no Cerrado. As pesquisas se desenvolveram nas seguintes linhas: a) estudos geoambientais; b) formação regional: política, economia e cultura; c) geografia e práticas educativas. Em torno das três linhas de pesquisa vinculavam-se disciplinas, projetos, laboratórios, a produção científica e técnica do corpo docente e discente, bem como as atividades de extensão, além de trabalhos voltados para a comunidade, tais como assentamentos rurais e bairros urbanos de baixa renda voltada à Educação Ambiental e formação da cidadania.

Nesse período, o Programa estendeu os seus trabalhos realizando entre 2000 e 2002 um MINTER com a Universidade Estadual de Goiás. Este trabalho resultou na formação e titulação de 15 docentes da referida Instituição. Muitos desses docentes estão cursaram também o doutorado na UFG e vários deles estão radicados profissionalmente em universidades do interior de Goiás, especialmente da própria UEG, validando um dos objetivos sociais principais do programa, qual seja, formar o profissional que, em seu lugar de trabalho, faça avançar a pesquisa territorial e a intervenção lúcida e consciente no espaço.

O processo de aprimoramento do programa exigiu que, ao final de 2002, houvesse a alteração do seu regulamento mantendo os princípios e normas gerais do anterior, mas modificando o sistema de seleção com quatro tipos de avaliação, todas eliminatórias: a) desempenho acadêmico (produção e outros pelo CV Lattes e Histórico Escolar da Graduação) b) prova escrita de natureza teórico/metodológica da Geografia e aplicada; b) prova oral (defesa do pré-projeto e demonstração do potencial para cursar o programa); c) prova de suficiência em língua estrangeira.

Outra alteração foi quanto ao prazo de defesa, reduzido a 24 meses, no Mestrado, e 36 meses, no caso do Doutorado, em consonância com o Regulamento Geral da Pós-Graduação da UFG, de modo que desde a turma IX (2003) essas normas estão vigentes. Percebe-se que esse processo tem gerado resultados positivos. Tanto em nível pedagógico, no que diz respeito aos modelos organizados de grupos de orientação desenvolvidos pelos orientadores, tanto pelo zelo do mestrando em participar da vida acadêmica dos laboratórios, tem havido uma reciprocidade relativo a dimensão temporal apregoada pelo regimento. Vale dizer que tem sido feita reuniões periódicas com o pós-graduando no sentido de despertá-lo para a tomada de consciência dos itens do regimento.

A criação do Doutorado em 2006 fomentou uma profunda revisão interna de vários quesitos internos da Pós-graduação, sendo, necessariamente, aprovado um novo regulamento consoante às exigências do patamar de doutoramento. O novo regulamento é o resultado da necessidade de adequação decorrente da avaliação interna e externa, suscitando a exigência de ampliação da área de concentração. Daí, o tema Cerrado foi excluído do título da área de concentração, passando a ser Natureza e Produção do Espaço. As linhas de pesquisa foram reduzidas a duas: 1) Dinâmico socioespacial: urbana, agrária, regional e ambiental; e 2) Espaço e práticas culturais. A leitura coletiva das sugestões do Comitê de Avaliação de Geografia da CAPES, durante o triênio (2002-2004), tornou-se peça importante a reorganização da área de concentração e das linhas de pesquisa. O processo de reestruturação proposta permitiu estender o atendimento de demandas de outras realidades do país, como a Amazônia, Nordeste, Centro-Oeste, cumprindo com o alargamento do programa e melhorando o seu nível de diálogo com outras esferas territoriais e culturais do país.

De 1995 a 2008 foram matriculados 241 alunos no mestrado, com uma evasão de 20 alunos. Nesse período foram defendidas 187 dissertações, que receberam boas avaliações dos membros externos convidados. Um número bastante expressivo de alunos egressos do Programa já realizou ou está realizando Doutoramento em outras Instituições do país.

O Programa tem sido solicitado, cada vez mais, para atender demandas de alunos especiais e ouvintes em disciplinas eletivas. Muitos desses alunos procuram também os grupos de orientação e de estudos para terem uma participação mais efetiva na vida da instituição e para atualizar quesitos de sua formação, como o amadurecimento teórico e um melhor preparo metodológico.

Desde o inicio, o Programa conta com grande número de candidatos procedentes de instituições externas a UFG. O processo seletivo tem mantido a média (nos últimos anos, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007) de 73 candidatos/processo, significando uma média de 4 candidatos por vaga oferecida. Para o ano de 2008 tivemos um total de 63 candidatos inscritos e foram selecionados 29 candidatos.

O Mestrado conta com 15 bolsas, sendo 9 de demanda social da CAPES, 5 do CNPq e 1 bolsa da UFG/PRPPG. Em 2008 a coordenação de bolsa organizou reuniões quinzenais com os bolsistas, auxiliando-os na organização de planos de trabalho vinculados à sua pesquisa e à pesquisa de seu orientador. Isso gerou um maior centramento do seu trabalho e de sua vida acadêmica dentro da instituição.

O Programa consolidou-se decisivamente na região Centro-Oeste e em setores do cenário nacional. Houve uma demanda de sujeitos do norte do país. Percebeu-se que as temáticas sugeridas pelos orientadores e a sua respectiva ligação com as áreas de concentração, foram decisivas para atrair os solicitantes a postos de mestrandos e doutorandos, especialmente os oriundos principalmente do Tocantins, Ceará, Mato Grosso, Minas Gerais, Maranhão, Rondônia, São Paulo e outros.

Em 2007 foi realizada a primeira seleção para o Doutorado. Inscreveram-se para o processo 24 candidatos e foram selecionados 15 alunos para o doutorado. Dessa turma, 5 são de outras instituições e os demais ex-alunos de diversos anos do mestrado. Em 2008, foram inscritos 34 candidatos, sendo aprovados 21. Visando enfrentar problemas de discrepância de produção entre os membros do corpo de orientação, apenas 5 profissionais ofereceram vagas para o nível de doutoramento. Atualmente o Doutorado conta com 6 bolsas sendo 5 de demanda social da CAPES e 1 cota da PRPPG/UFG.

No que se refere ao acervo bibliográfico, a administração da UFG liberou recursos para aquisição de novos títulos de forma a promover a diversificação, ampliação e atualização do mesmo, inclusive com a aquisição de publicações internacionais a partir de demanda elaborada pelo Programa.

O número de docentes do Programa foi alterado com o credenciamento em 2006 de dois docentes no corpo permanente e 5 docentes como colaboradores, sendo que destes 4 são professores do Campus Avançado da UFG de Catalão e um pertence aos quadros do CEFET de Goiânia. Em 2008, foram admitidos mais 2 professores provenientes da própria instituição. A sua produção e o reforço das linhas de pesquisa, dado a especialização de sua pesquisa, foram fatores decisivos para a sua acolhida. O reforço da área da pesquisa do ensino na Geografia Física e na pesquisa em Cartografia aplicada à gestão e ao planejamento territorial, especialmente nas áreas do turismo e do ambiente veio reforçar a área do ensino que conta com um número menor de docentes e alargou as possibilidades do programa com a cartografia aplicada.

Alguns docentes do programa orientam em outros programas (USP, UNICAMP, UnB, UFSE, Faculdade de Engenharia e CIAMB/UFG. A partir de 2008, há docentes que irão orientar também no programa de mestrado do curso de Jataí-Go e no Programa de Pós-Graduação em Geotecnia e Construção Civil. Há docente que co-orienta tese de doutorado na Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente da Universidade do Algarve, Portugal.

O Boletim Goiano de Geografia, periódico vinculado ao Programa, foi atualizado com recursos do PROAP (PRPPG/UFG) e continua publicando os artigos completos com resultados de pesquisas de docentes do Programa e de docentes/pesquisadores externos, inclusive do exterior, todos arbitrados, além de resumos das dissertações na busca de divulgar os trabalhos produzidos no Programa.  O Boletim Goiano de Geografia encontra-se com as edições bimestrais atualizadas. Recentemente, o Boletim passou ao conceito B nacional (avaliação Qualis). O editor do Boletim é docente do Programa. Foi criada a revista Ateliê Geográfico que conta com uma linha de editorial diversificada, sendo publicado vários textos de vários profissionais do Brasil e fora do Brasil.

Os docentes têm procurado aumentar suas publicações em periódicos externos ao Programa, inclusive internacionais e em livros e capítulos de livros, estando já alguns no prelo. As publicações discentes foram muito expressivas em 2007 e 2008, devido à exigência de que o aluno para se habilitar a defesa deve enviar um artigo para periódicos indexados bem como o estímulo, por parte do Programa e do IESA, para participação em eventos nacionais e internacionais. Além disso, ocorreu intensa participação dos alunos em eventos com apresentação de trabalhos completos (Simpósios e Congressos Nacionais e internacionais, Encontros Regionais, Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão/UFG, ANPEGE, etc.).

Pode-se concluir este item afirmando que o Programa consolidou-se e atingiu seu funcionamento pleno, sendo hoje uma referência no Estado de Goiás e na região Centro-Oeste, rumando-se para maiores relações com a região norte. Esse processo tem a perspectiva de avançar mais dado a motivação dos docentes e discentes e de decisões internas que têm sido tomadas com o objetivo de sanear problemas apontadas e concebidos.

Para isso, o coletivo de sujeitos que compõe a Pós-graduação da Geografia-IESA, tem, em processo constante de discussão interna e reflexão, sintetizado que não apenas a Pós, em nível de mestrado e doutoramento, como toda a universidade brasileira, vive um momento de dinamismo, o que exige organização institucional, estruturação da demanda, registros da produção, composição de parcerias e intercâmbios, rapidez na tomada de decisão, disposição para a autocrítica e criatividade para gerar novos rumos.

O sentido institucional, por sua vez, só tem sentido se for conectado a produção acadêmica. Essa exige a compreensão do dinamismo do mundo do trabalho, da rapidez do processo de comunicação hodierna e do enfrentamento dos problemas que acometem a sociedade brasileira, em seus diferentes lugares. Ora, isso significa contextualizar os trabalhos acadêmicos, em termos de temáticas, eixos, métodos e procedimentos de pesquisa coma aportes provenientes internos da vasta produção geográfica brasileira e de outros paises.

Trata-se de aproveitar a formidável horizontalização da geografia brasileira que, após a década de 1970, conquistou um crescimento quantitativo e qualitativo enormes. E trata-se, também, de não abandonar aportes clássicos que, no contexto atual, de maior democratização das ações epistemológicas, permite fundir opções teóricas avançando nas possibilidades de estabelecer a critica teórica e apresentar proposições que transformam o espaço.

Nesse campo vale registrar que a produção da pesquisa pode se abrir a outros campos da linguagem cientifica ao mesmo tempo que deve se dispor a uma abertura para inserir a pós-graduação e as suas pesquisas em outros campos da vida social, seja em processos de auxilio de movimentos sociais, gestão de espaços públicos, avaliação de mecanismos de impactos ambientais, seja em leituras e interpretações da realidade socioespacial de territórios urbanas ou agrários.

A consecução da pesquisa, neste contexto de dinamismo e enriquecimento de possibilidades, o quanto possível deve se aproximar do sentido pedagógico. Se esse è movido pela concepção do ensino-investigação, a Pós-graduação de mover a investigação formativa. É da ordem deste contexto formar o sujeito individual como um sujeito total, o que leva a pesquisa a romper dualismos renitentes e a rever modos de operar a formação, por exemplo, aproximando organicamente conteúdos fisico-territoriais, socioeconômicos e cartográficos.           

Esses três campos – institucional, acadêmico-científico e pedagógico – devem ser fundidos em propósitos claramente políticos, a saber: transformar a pesquisa cientifica num elo de forças que congrega atores da universidade e do mundo para enfrentar problemas reais, dando respostas ao desafio de interpretar a espacialidade contemporânea e propor soluções as suas contradições.

 

 

 

Área de Concentração e Linhas de pesquisa

 

Área de concentração: 

NATUREZA E PRODUÇÃO DO ESPAÇO

 

Linha de Pesquisa 1

DINÂMICA SOCIOESPACIAL : URBANA, AGRÁRIO, REGIONAL E AMBIENTAL

Descrição:

Envolve as análises da dinâmica socioambiental aglutinadas nos eixos: estudos agrários urbanos e regionais; estudos geoambientais; planejamento urbano, regional e ambiental; sustentabilidade dos recursos naturais; gestão ambiental; sensoriamento remoto e geoprocessamento.

Docentes:

  • ANA CRISTINA DA SILVA
  • ALFREDO BORGES DE CAMPOS
  • CELENE CUNHA MONTEIRO A. BARREIRA
  • CLAUDIA VALÉRIA DE LIMA
  • EGUIMAR FELÍCIO CHAVEIRO
  • IVANILTON JOSÉ DE OLIVEIRA
  • JOÃO BATISTA DE DEUS
  • JULIANA RAMALHO BARROS
  • LAERTE GUIMARÃRES FERRREIRA  
  • MANOEL CALAÇA
  • MANUEL EDUARDO FERREIRA
  • NILSON CLEMENTINO FERREIRA
  • PAULO HENRIQUE AZEVEDO SOBREIRA
  • RUSVÊNIA LUIZA BATISTA R. DA SILVA
  • SELMA SIMÕES DE CASTRO
  • SANDRA DE FÁTIMA OLIVEIRA
  • TADEU PEREIRA ALENCAR ARRAIS

 

Linha de Pesquisa 2

ESPAÇO E PRÁTICAS CULTURAIS

Descrição
:
Trata de compreender a organização da vida dos homens e dos grupos no espaço através dos seguintes eixos: significados; ideologia; dimensões religiosas; identidades; territorialidades e multiplicidades de combinações territoriais.

Docentes:

  • ADRIANA OLIVIA ALVES
  • ALECSANDRO RATT
  • EGUIMAR FELÍCIO CHAVEIRO
  • IVANILTON JOSÉ DE OLIVEIRA
  • LANA DE SOUSA CAVALCANTI
  • MARIA GERALDA DE ALMEIDA
  • MIRIAM APARECIDA BUENO
  • PAULO HENRIQUE AZEVEDO SOBREIRA
  • SANDRA DE FÁTIMA OLIVEIRA
  • VALÉRIA CRISTINA PEREIRA DA SILVA
  • VANILTON CAMILO DE SOUZA