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Avaliação do Potencial de Risco de Contaminação por Agrotóxico das Águas Superficiais da Microbacia do Ribeirão João Leite

Autor (a): Ariston Alves Afonso

Orientador (a): Drª. Sandra de Fátima Oliveira

Data da Defesa: 05/07/2004

Resumo:

A área objeto do estudo é a microbacia do ribeirão João Leite em Goiás. Esta microbacia é palco de intensa atividade econômica, sendo que a principal é a agropecuária. Sua água é aproveitada para várias finalidades, dentre as quais a irrigação e o abastecimento de algumas comunidades urbanas. O Estado está promovendo a ampliação do seu aproveitamento para atender a crescente demanda da cidade de Goiânia. Está em curso a construção de um reservatório em seu leito com esse fim. Como conseqüência das práticas agrícolas inadequadas, vários mananciais goianos apresentam contaminação por agrotóxicos, detectada em análises feitas pela SANEAGO (Saneamento de Goiás S/A). Embora ainda não tenha sido detectada contaminação neste manancial em particular, esta possibilidade não está descartada. Como é de conhecimento geral, os agrotóxicos são venenos e podem dar causa a várias doenças graves. Visando evitar que esse problema venha a ocorrer, definiu-se como objetivo deste trabalho, identificar as culturas, os agrotóxicos e as práticas agrícolas capazes de colocar em risco a qualidade da água, avaliando o potencial de migração e a possibilidade desses produtos atingirem a bacia hidrográfica. Para isso, foi levantada a relação das culturas e dos princípios ativos dos agrotóxicos aplicados nas lavouras da microbacia durante o ano de 2003. Como parâmetro de avaliação, foi aplicado o método proposto por GOSS (1992), que classifica o potencial de migração em “Alto”, “Médio” e “Baixo”, de acordo com as características dos agrotóxicos. Através do geoprocessamento, elaborou-se o mapa de uso atual de solos, definindo-se a localização das lavouras com relação aos mananciais.  O risco é definido pela vulnerabilidade do meio associada à ocorrência do evento, que nesse caso é a aplicação do agrotóxico. A vulnerabilidade é representada pela distância das lavouras ao manancial e pela declividade do terreno. Cruzando-se esses dados, obteve-se a carta de risco de contaminação das águas superficiais, restrita à sub-bacia do córrego Macaquinhos, afluente do João Leite. Essa carta trás os possíveis focos de contaminação, ou seja, as localidades com alto potencial de saída de agrotóxicos, identificadas com cor vermelha, médio, com cor amarela, e baixo, com cor verde. Esses dados podem ser importantes para subsidiar possíveis planos de monitoramento da qualidade da água da microbacia.