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2005 jorge

  

Dissertações (2005) 

 

A Dinâmica do Espaço Urbano: Um Estudo Sobre a Ação na (Re) Produção do Espaço Urbano de Pirenópolis/GO

Autor (a): Jorge Braz DA LUZ

Orientador (a): Drª. Maria Geralda de Almeida

Data da Defesa: 24/11/2005

Resumo:

O núcleo urbano de Pirenópolis/GO começou a se formar em 1727. Por agregar o passado e o presente, desde 1989 é monumento integrante do Patrimônio Cultural Brasileiro. O recorte temporal compreendido entre 1990 a 2004, foi determinado por três fatores: a expansão da área urbana; o crescimento da população urbana e o desenvolvimento do setor de serviço vinculado ao turismo. A delimitação espacial envolve o espaço intra-urbano e o objetivo é compreender o seu processo de (re) produção a partir das ações desenvolvidas pela população, pelas empresas e pelas instituições. Dividimos o trabalho em três capítulos: no primeiro estudamos a paisagem intra-urbana, destacando aspectos importantes de sua formação ao longo do tempo e sua inserção no contexto regional atual. No segundo capítulo estudamos os aspectos jurídicos e políticos da (re)produção desse espaço, o processo de tombamento do centro histórico e o processo de turistificação. No terceiro capítulo, centrado no presente, enfocamos as relações entre o tradicional e o moderno, as velhas formas e as novas funções, o processo de ocupação recente do solo urbano e os conflitos gerados. Consideramos que o processo de (re)produção do espaço intra-urbano de Pirenópolis/GO, foi e é influenciado, direta e indiretamente por dois eventos: a turistificação e o tombamento.Pirenópolis é um dos principais pólos turísticos de Goiás. A paisagem vendida pelo turismo difere da paisagem real. A propaganda turística realça elementos como: conflitos, desigualdades, segregação. A turistificação insere o outro na paisagem, estreita a relação entre o lugar e o mundo (local/global) provoca reações de aceitação e estranhamento. A turistificação altera a fisionomia da paisagem intra-urbana, altera funções, cria áreas especializadas e áreas segregadas, além de intervir no cotidiano local. O tombamento por sua vez, cria áreas diferenciadas na paisagem intra-urbana – área do tombamento e do entorno – cujos regulamentos não se aplicam nas demais áreas da cidade.