2005 maria das mercedes

A Praça em suas Múltiplas Dimensões Espaciais: O Desvendar das Similaridades e Diversidade de Praças Goianienses

Autor (a): Maria das Mercedes Brandão de OLIVEIRA

Orientador (a): Dr. Eguimar Felício Chaveiro

Data da Defesa: 21/11/2005

Resumo:

Este estudo objetiva compreender as praças goianienses nas suas múltiplas dimensões espaciais, e variadas inter-relações com a cidade de Goiânia e seus habitantes, precisamente os usuários que delas se utilizam nas mais diversas atividades, a partir de reflexão geográfica com as categorias de análise paisagem e lugar enquanto uso. Nos vários estudos desenvolvidos sobre a cidade, as praças são uma referência de estrutura urbana, especialmente para a penúltima gestão municipal de 2001/2004. Voltada para os pedidos da população, essa gestão requalificou e revitalizou 120 praças, transformando-as em locais para descanso e recreação de usufruto coletivo, favorecendo a convivência social para além da contemplação da beleza dos jardins. Ou seja, considerou quão significativos e conjuntos estão os aspectos geográficos, históricos e sociais de cada local. A conceituação de praça que adotamos é a de um espaço público urbano destinado ao lazer e ao convívio da população, acessível aos cidadãos e livre de veículos. Escolhemos Goiânia para estudo por ser uma cidade que se destaca nacionalmente no aspecto da arborização e da quantidade/qualidade de suas praças e parques, tornando-se referência quanto a um espaço urbano ainda mantido com qualidade, embora as pressões oriundas do processo de desenvolvimento contemporâneo, que se tornou desafio para o poder público: o crescimento desordenado de cidades de seu entorno; processo de migração interna, com a fuga da população para as regiões mais periféricas; expansão de condomínios fechados; abandono do “centro histórico”; sedimentação de novos centros comerciais; loteamentos clandestinos; ineficácia no sistema de transporte coletivo; crescimento do setor informal; invasão de áreas públicas; pobreza e exclusão social;violência; interesses e necessidades dos moradores, administradores, investidores, especuladores e outros. Adotamos um recorte temporal entre 2003/2004 e identificamos as diversidades e similaridades das praças goianienses no recorte espacial do perímetro urbano, baseando-nos na proposta de Regionalização estabelecida pela SEPLAM (2002), que secciona a cidade em 11 regiões. Priorizamos a Região Central por suas características únicas: “centro histórico”, base do traçado em asterisco, contém os primeiros setores criados e um número considerável de praças -125 no total. Nessa região, definimos três praças para estudo comparativo - Santos Dumont (do Avião), da Criança e Vicente Sancho de Almeida -, por localizarem-se em diferentes bairros de várias classes sociais, permitindo uma compreensão mais ampla da relação das praças para com a cidade e para com os atores sociais que com elas se relacionam.

Palavras-chaves: Praça, Cidade, Usuário, Inter-relações