DEFESA DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DE RANGEL GOMES GODINHO

Convidamos a todos a assistirem a defesa de dissertação de mestrado de Rangel Gomes Godinho.

Data e horário

Dia 22 de março de 2012 às 14:00 horas

Local

Mini-auditório do Instituto de Estudos Socioambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás (UFG) - CAMPUS II Samambaia - Goiânia-GO.

Título

A INTERPRETAÇÃO DO PATRIMÔNIO

AMBIENTAL DE PIRENÓPOLIS (GO)

RESUMO:

A interpretação é um importante meio para valorização do patrimônio ambiental incorporado como atrativo turístico. A análise empreendida nesse trabalho tem como recorte espacial o município de Pirenópolis (GO), onde a prática turística caracteriza-se como um fenômeno que atua na produção do espaço geográfico e se desenvolve pelo uso turístico dos elementos constituintes do patrimônio ambiental (cultural e natural). Isso implica a necessidade de estudos que contribuam para o entendimento de como o turismo se apropria nos componentes patrimonias e qual a relação entre a experiência turística e valoração patrimonial. Nesse sentido, o processo de interpretação do patrimônio se constitui um efetivo meio para favorecer que o turista seja instigado, motivado e impulsionado a conhecer aspectos característicos de Pirenópolis (GO) que só podem ser apreendidos por meio do processo interpretativo. Com isso, diversos recursos funcionam como veículos que subsidiam o processo de interpretação, tais como: painéis, folders, mapas, guias, museus, entre outros. Diante do exposto, o objetivo geral desse trabalho é identificar e avaliar como ocorre o processo de interpretação do patrimônio ambiental apropriado pelo turismo em Pirenópolis (GO), no intuito de compreender a relação entre turismo e interpretação patrimonial. Deste modo, definiu-se os seguintes objetivos específicos: identificar quais são os elementos do patrimônio ambiental apropriados pela atividade turística; identificar e avaliar quais são os recursos de interpretação patrimonial existentes; analisar as diferenças entre a interpretação do patrimônio ambiental na área urbana e rural; mapear os atrativos turísticos patrimoniais do município; analisar quais são as principais potencialidades e deficiências da infraestrutura suporte (vias de acesso e sinalização) que subsidia a interpretação do patrimônio e uso turístico. A metodologia do trabalho constitiu em: levantamento bibliográfico e documental; compilação de bases cartográficas que abrangem o limite municipal e urbana; consultas a órgãos públicos;  e levantamentos de campo na área urbana e rural. Conclui-se que a integração entre turismo e patrimônio não implica a conservação dos elementos patrimoniais em sua amplitude. O patrimônio cultural é beneficiado quanto aos recursos interpretativos e infraestrutura suporte, fato que não contempla a realidade dos atrativos localizados na área rural do município. Uma vez que somente os atrativos do patrimônio natural que constituem-se como RPPNs são os que de fato apresentam recursos que agreguem conhecimento a experiência turística. Os atrativos naturais de domínio público a situação é alarmante, pois não há ações efetivas para conciliar uso turístico e conservação ambiental. Há no município recursos que funcionam como instrumento de interpretação que contemplam tanto atrativos culturais como naturais: guia e mapas turísticos. Contudo, o guia e os mapas cumprem a função de demonstrar os principais elementos da oferta turística, embora os mapas não cumprem o papel de viabilizar o deslocamento até os atrativos, bem como apresentam as informações de forma confusa, o que implica inutilidade para interpretação patrimonial. Por fim, o presente trabalho se constitui base para o desenvolvimento de estudos mais verticalizados, sendo subsídio para elaboração de políticas e projetos relativos ao turismo, em que o patrimônio ambiental na sua relação com o turismo seja valorizado.

Palavras chave: Interpretação. Patrimônio Ambiental. Turismo. Pirenópolis.

Componentes da Banca:

Prof. Dr. Ivanilton José de Oliveira - UFG

Prof. Dr. Fernado Araújo Sobrinho - UNB

Prof. Dr. Miríam Aparecida Bueno - UFG