
DEFESA DE TESE DE DOUTORADO DE EUNICE ISAIAS DA SILVA
Convidamos a todos à assistirem a defesa de tese da doutoranda Eunice Isaias da Silva.
DATA
15 DE ABRIL DE 2010.
HORÁRIO
14:00
LOCAL
MINI-AUDITÓRIO DO INSTITUTO DE ESTUDOS SÓCIO-AMBIENTAIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
A LINGUAGEM DOS QUADRINHOS NA MEDIAÇÃO DO ENSINO DE GEOGRAFIA: CHARGES E TIRAS DE QUADRINHOS NO ESTUDO DE CIDADE
RESUMO
Este trabalho contém os resultados de uma investigação sobre a possibilidade de estudar conteúdos de Geografia escolar com a mediação de charges e tiras de quadrinhos. A partir do pressuposto de que diversos conhecimentos da dinâmica do espaço urbano/cidade representados nesses produtos culturais podem motivar o debate crítico, definiu-se o objetivo de refletir acerca do potencial de tais imagens e discursos para consolidar conceitos relativos à geografia da cidade, temática que perpassa todas as fases do Ensino Básico. A proposta é, pois, contribuir para o ensino de Geografia, especialmente no tocante à concepção da importância do conhecimento geográfico para se viver o cotidiano da cidade. Foram selecionadas para a pesquisa tiras de quadrinhos do livro Toda Mafalda, do argentino Quino, bem como charges ou tiras de quadrinhos dos desenhistas brasileiros Jorge Braga e Mariosan e do personagem Katteca, criado por João Luís Brito de Oliveira, o Britvs, publicadas no jornal O Popular, de Goiânia-GO. O critério de seleção foi a presença de elementos que se articulam com o ensino de Geografia da cidade e o material reunido foi organizado de acordo com quatro eixos temáticos: lugares da cidade e cidadania; cidade, consumo e cidadania; cidade, o habitar e a cidadania; ambientes urbanos e cidadania. Procedeu-se à “observação participante” em aulas de Geografia, com alunos de uma escola pública de Goiânia, em que foram empregadas tiras de quadrinhos e charges escolhidas para mediar a construção de conceitos geográficos relativos ao estudo de cidade, de modo a produzir conhecimentos significativos para os estudantes. O método de ensino escolhido pressupõe a elaboração do conhecimento por sujeitos ativos, tendo o diálogo como meio de comunicação, sem pré-requisito para a aquisição de conhecimento, de modo que os significados articulam-se de maneira não linear, sem hierarquia entre si, formando uma teia ou rede de significação, e entrecruzam-se, constituindo os nós (conceitos ou significados). Com base nesse paradigma, foram realizadas, sob a orientação da professora-pesquisadora, atividades de aprendizagem escolar, com a intenção de construir conhecimento geográfico por meio da metáfora da rede ou teia de significação, valendo-se dessa linguagem cotidiana para elaborar o hipertexto, um texto permeado de informações dialógicas de vários textos e vozes. Os resultados alcançados permitiram constatar que o emprego dessa linguagem alternativa capacita a formação consistente de conceitos de Geografia. Concluiu-se que essa produção cultural constitui fonte de recursos didático-pedagógicos para o processo ensino-aprendizagem de Geografia, tornando essa ciência mais acessível e significativa para os estudantes, ao fazer a articulação necessária entre a produção científica e o mundo vivido. O apêndice B reúne a seleção das charges e tiras de quadrinhos, as atividades desenvolvidas na experiência de observação participante, bem como a documentação fotográfica desta.
Palavras-chave: Ensino de Geografia. Metodologia de ensino. Linguagem alternativa. Quadrinhos e cidade. Cotidiano e Geografia.
Fonte: PosGeo