DEFESA DE MESTRADO DE SEBASTIÃO DE SOUZA OLIVEIRA DIA 02/07/2009 AS 14:00
Título:
Porto Nacional: de porto real a espaço periférico de Palmas (TO)
Data/hora:
02/07/2009 às 14h00
Local:
Mini-Auditório do IESA, Campus Samambaia/UFG
Banca:
Prof. Dr. IDELVONE MENDES FERREIRA - CAC/UFG
Prof. Dr. ROBERTO DE SOUZA SANTOS - UFT
Profa. Dra. CELENE CUNHA MONTEIRO ANTUNES BARREIRA – UFG
Resumo
No ano de 1988 o antigo Norte de Goiás passa a pertencer ao Estado do Tocantins pelo ato da Assembléia Nacional Constituinte. Terminada a longa arena política da criação do Estado, começa imediatamente a disputa geopolítica para definição do local definitivo da Capital. Ao decidir a localização da Capital, na margem direita do rio Tocantins, nas proximidades de Porto Nacional, desencadeia-se uma série de problemas: a inevitável perda de população e o esvaziamento de boa parte das funções que antes Porto Nacional detinha sobre a região são simplesmente esvaziadas para a Capital. Assim, de uma posição hegemônica regional, ela passar a ser território periférico da Capital. Somado a essa problemática, outros impactos se abatem sobre a Cidade provenientes da construção da UHE Luiz Eduardo Magalhães ou UHE de Lajeado, como é mais conhecida. Nesse momento, a economia sazonal do turismo de praia, em curto espaço de tempo entra em decadência. A preocupação inicial desse trabalho de pesquisa foi entender como se formou a cidade de Porto Nacional. Para, a partir daí, entender: quais os processos, os atores e as etapas da produção do espaço intra-urbano da cidade de Porto Nacional? Quais as implicações em seu espaço advindas da relação com a Capital e cidades vizinhas? Qual a natureza da valoração do espaço intra-urbano de Porto Nacional? Para responder a essas perguntas traçamos os seguintes objetivos: analisar brevemente a produção das cidades circunvizinhas e especialmente Porto Nacional; mapear e periodicizar os processos de ocupação do espaço urbano de Porto Nacional; analisar os agentes sociais e os processos produtores do espaço; analisar as funções que Porto Nacional desempenha atualmente. Para tal, realizou-se uma revisão bibliográfica da história da Cidade com o objetivo de determinar as periodizações e, ainda, a análise de teorias norteadoras a respeito do espaço urbano, principalmente na vasta produção sobre essa categoria geográfica e também sobre a formação territorial dos Estados irmãos: Goiás/Tocantins. Buscou-se, nas referidas periodizações, apoiar-se em autores goiano-tocantinenses, além de analisar documentos e a realização de entrevistas com moradores e comerciantes da Cidade, considerando que os trabalhos científicos atuais na área da Geografia sobre a Cidade são quase que inexistentes. Por fim, essa discussão revelou que a cidade de Porto Nacional, de uma posição de liderança na região foi obrigada a relacionar-se a um grupo menor de cidade locais. Essa condição é imposta pelo poder de infraestrutura, exercido pela Capital – Palmas, conjuntamente com o poder do Estado.
Fonte: Secretaria PosGeo