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DEFESA DE MESTRADO DE RENATA BATISTA LOPES ALMEIDA, DIA 12/12 ÀS 16H00

De casa para outras casas: trajetórias socioespaciais de trabalhadoras domésticas residentes em Aparecida de Goiânia e trabalhadoras em Goiânia

Título:
"De casa para outras casas: trajetórias socioespaciais de trabalhadoras domésticas residentes em Aparecida de Goiânia e trabalhadoras em Goiânia"

Data/hora:
12/12/2008 às 16h00
 
Local:
Mini-Auditório da Facomb, Campus Samambaia/UFG

 

Banca:

Prof. Dr. Alecsandro José Prudêncio Ratts - UFG (Orientador)
Profa. Dra. Marilia Luiza Peluso - UNB (Membro)

Profa. Dra. Lana de Souza Cavalcanti - UFG (Membro)


RESUMO

A origem do trabalho doméstico feminino no Brasil está vinculada ao período escravagista, deste modo é marcado pelo viés racial. Apesar da origem remota, trabalhadoras domésticas persistem como trabalhadoras estigmatizadas, incluídas marginalmente na sociedade e no mundo do trabalho. Representações sociais negativas relacionadas à origem e natureza da profissão (trabalho servil, aviltante, naturalizadamente feminino, desqualificado, “serviço de preto”, etc.) sempre fizeram parte do imaginário social coletivo e do cotidiano das mulheres que desempenham esta função, se manifestando dissimuladamente em vários locais e situações sociais. Para tanto, é imprescindível questionar: Como as representações sociais sobre a mulher, pobre e trabalhadora doméstica, cristalizadas no imaginário social coletivo (sociedade sexista, racista e de classes) influenciam nas várias dimensões da vida deste grupo de mulheres, seja na vida social, afetiva, profissional,...? E ainda: Quais os vínculos que elas estabelecem com os locais pelos quais quotidianamente se deslocam?  Em especial no que diz respeito à constituição do lugar – “a dimensão espacial apropriada e vivida através do corpo”? Os eixos norteadores do estudo são as categorias gênero, raça, corporeidade, trabalhadoras domésticas, representações sociais, trajetórias socioespaciais, segregação/exclusão e lugar. Diante do exposto, o objetivo do presente estudo é analisar o fenômeno da exclusão/segregação socioespacial na perspectiva de trabalhadoras domésticas que trabalham em Goiânia e residem na cidade de Aparecida de Goiânia, buscando identificar suas trajetórias socioespaciais – “espacialidade diferencial” - e compreender quais os vínculos que estas mulheres estabelecem com os locais que freqüentam, bem como os elementos principais no estabelecimento destes vínculos. O caminho aberto pela Geografia Humanista na década de 1970, com a introdução de novos temas relativos à produção do espaço pelo homem, exigiu ampliação e diversificação do seu arcabouço teórico e metodológico até chegar as “novas geografias” atuais, na verdade geografias negligenciadas, tidas como informais pelo olhar científico tradicional, que na contemporaneidade começam a ganhar visibilidade, ao qual este trabalho pretende contribuir. A pesquisa (multi/trans/inter)disciplinar de abordagem qualitativa, flexível e multimetodológica, contou com a contribuição de trabalhadoras que diariamente se deslocam de suas casas ao local de trabalho cujas histórias de vida foram registradas por meio de entrevistas individuais semi-estruturadas gravadas. No conteúdo das entrevistas buscou-se apreender os elementos “subjetivos” relativos aos deslocamentos e a corporeidade das trabalhadoras, isto é, a sua condição de mulher pobre, trabalhadora doméstica, negra ou branca.

 

Palavras-chave: Trabalhadoras Domésticas; Trajetórias Socioespaciais; Lugar; Gênero; Etnia/Raça; Corporeidade.

 

Fonte: Secretaria PosGeo