DEFESA DE MESTRADO DE LORENA FRANCISCO DE SOUZA, DIA 29/06 ÀS 15h00
Título:
Corpos Negros Femininos em Movimento: Trajetórias Socioespaciais de Professoras Negras em Escolas Públicas
Corpos Negros Femininos em Movimento: Trajetórias Socioespaciais de Professoras Negras em Escolas Públicas
Data/hora:
29/06/2007 às 15h00
Local:
Mini-auditório Instituto de Estudos Sócio-Ambientais (IESA)
Banca:
Prof. Dr. Alecsandro José Prudêncio Ratts/UFG (Orientador)
Profa. Dra. Denise Maria Botelho/UNB (Membro Titular)
Profa. Dra. Lana de Souza Cavalcanti/UFG (Membro titular)
Prof. Dr. Tadeu Pereira Alencar Arrais/UFG (Membro Suplente)
RESUMO
Esta pesquisa trata-se de um estudo que envolve uma análise sobre gênero, raça e espaço na Geografia. Existem diferenças culturais entre o masculino e o feminino na maneira de conceber o mundo e vivê-lo e nas desigualdades postas por uma sociedade herdeira do poder masculino e, principalmente, branco. A pesquisa focaliza uma proposta de análise e reflexão sobre gênero, raça – enquanto uma construção social – e as trajetórias socioespaciais de um grupo socialmente discriminado, e, não raro, segregado, representado por mulheres negras no ofício de professoras. O objetivo maior é, assim, compreender as trajetórias socioespaciais (escola, casa e outros “espaços”) vividas e construídas pelas professoras negras em Goiânia ao longo de sua existência, deparando-se com manifestações explícitas e implícitas de preconceito, discriminação, desvantagem no mercado de trabalho e refletir sobre os espaços ocupados por tais mulheres enquanto professoras, mães e cidadãs. A metodologia utilizada para a realização da pesquisa consistiu em uma revisão bibliográfica sobre a temática relacionada ao objeto de estudo, roteiro de entrevistas que exploraram a história de vida das professoras, possibilitando uma análise dos espaços de confronto, sociabilidade e estranhamento de tais atrizes sociais perante a coletividade e o imaginário social. Após a coleta de dados e realização das entrevistas, foram elaboradas mapas temáticos relacionados aos deslocamentos espaciais realizados pelas professoras. A presença de professoras negras nas escolas públicas citadas desperta a necessidade de uma organização que ressalte uma preocupação coletiva com a questão racial. As diferenças sociais são, não raramente, fruto de imaginários construídos, firmados por mitos que insistem em permanecer na estrutura de uma determinada sociedade, como o da democracia racial. Assim discutir os espaços sociais e os lugares vividos por professoras negras permitiram compreender o propósito de reflexão ou mudança deste grupo estigmatizado pela cor, pelo gênero e pela classe social a que pertence.
PALAVRAS-CHAVE: raça, gênero, trajetórias socioespaciais.
Fonte: Secretaria da Pós-Graduação