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DEFESA LIDIANE DIA 18/04 ÀS 9h00

Defesa de Mestrado de Lidiane Ribeiro dos Santos

 

 

 

Meio Físico e Uso da Terra na Bacia do Córrego da Lagoinha, Anápolis (GO)

 

Data/hora:
dia 18/04 às 9h00
 
Local:
Mini-auditório Instituto de Estudos Sócio-Ambientais (IESA)
 

Banca:

Profa. Dra. Luciana Maria Lopes/UFG (Orientadora)

Profa. Dra. Suely Regina Del Grossi Michelotto/UFU (Membro titular)

Prof. Dr. Alfredo Borges de Campos/UFG (Membro titular)

 

RESUMO

Na bacia do córrego da Lagoinha, à noroeste da cidade de Anápolis, procedeu-se à análise ambiental através do exame integrado dos condicionantes do meio físico visando a identificação dos distintos setores do relevo e conhecimento das suas fragilidades e potencialidades. As indagações que nortearam a pesquisa foram: “Qual a natureza, atributos e propriedades dos componentes do meio físico da bacia? Quais os compartimentos morfopedológicos? Qual a importância do conhecimento do meio físico para a avaliação das potencialidades e fragilidades dos distintos setores da paisagem? O uso atual da terra está em consonância com seu potencial de uso? Há impactos decorrentes do uso? Quais são? A continuar o tipo de uso/ocupação atuais da terra na bacia, qual o prognóstico para a área?” Para tal foram, através do exame dos condicionantes geologia-relevo-solos-vegetação e uso/ocupação da terra, e da interação entre eles, delimitados quatro compartimentos morfopedológicos: Cimeira, das Morrarias, Inferior e Planícies Fluviais. O Compartimento de Cimeira, com altitudes entre 1140 a 1060m, e com declividades entre 0-12%, é revestido por laterita ferruginosa com solos do tipo Plintossolos Pétricos Concrecionários, a vegetação natural sendo a de Cerrado sobre os solos distróficos. Este compartimento possui fragilidade Muito Fraca a Fraca, com capacidade de uso no Grupo B – Classe Vs, com pouca a nenhuma suscetibilidade à erosão laminar e linear. O uso indicado é de preservação permanente nos 100 m à montante da escarpa que delimita  o compartimento de Cimeira daquele das Morrarias, enquanto no restante o uso deve ser controlado por se tratar de área de recarga do lençol freático. O compartimento das Morrarias, com cotas entre 1060 a 940 m, com declividades entre 12-20% (predominantes), 20 a 30% (restritas) e 30 a 50% (pontuais) foi elaborado, assim como os demais, sobre as rochas do Complexo Granulítico Anápolis-Itauçú. Apresenta um alinhamento estrutural NW-SE de interflúvios estreitos de vertentes declivosas e vales profundos e encaixados. Os solos são os Cambissolos associados aos Argissolos Vermelho Amarelos e Neossolos Litólicos restritos. A vegetação natural é de remanescente de Floresta Estacional Decidual e Semidecidual sobre os solos, no geral, eutróficos. Este compartimento possui fragilidade Média a Muito Forte, com capacidade de uso no Grupo B – VIIes. Os solos, extremamente suscetíveis à erosão laminar, são suscetíveis à ravinas, e não suscetíveis a voçorocas, pois se tratam de solos rasos com ausência de lençol freático. O Compartimento Inferior, situado entre  940 a 850 m de altitude, e com declividades entre 3 e 12%, apresenta interflúvios  amplos com vertentes longas retilíneas a suavemente convexiformes revestidas por Latossolos Vermelhos, a vegetação natural sendo a de remanescentes da Floresta Estacional Decidual e Semidecidual. O compartimento Inferior possui fragilidade classificada como Fraca a Muito Fraca, e capacidade de uso das terras no Grupo A – Classe I. É considerado como pouco suscetível à erosão, porém se mal manejado ou submetido à fluxos de água concentrados torna-se muito suscetível à erosão. Este compartimento é o mais indicado à urbanização e  a cultivos diversos, sem necessidade de técnicas complexas de conservação. Na Planície Fluvial, entre 940 a 850 m de altitude, e com declividades entre 0 e 6%, os solos são os Gleissolos Melânicos e a vegetação natural mais comum é a de taboa. Possui fragilidade muito fraca, sendo entretanto extremamente suscetível à inundações, com capacidade de uso enquadrada no Grupo C – VIIIa. Seus terrenos apresentam suscetibilidade erosiva nula mas não são indicados à urbanização ou qualquer tipo de edificações desde que instáveis.


Palavras-chave: Bacia hidrográfica, Compartimentos morfopedológicos, Fragilidade Ambiental, Capacidade de uso, Uso atual, Suscetibilidade à erosão, Diretrizes de uso.

Fonte: Secretaria da Pós-Graduação