
DEFESA DE TESE DA DOUTORANDA MARCILÉIA OLIVEIRA BISPO
Dia 09/03/2012 às 14:00 horas
O Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Geografia convida a todos para sessão pública de defesa de tese da doutoranda Marciléia Oliveira Bispo.
Data e horário
Dia 09 de março de 2012 às 14:00 horas
Local
Mini - Auditório do Instituto de Estudos Socioambientais - Universidade Federal de Goiás - Campus Samambaia
Título
CENÁRIOS, OLHARES, TRAMAS E COTIDIANO: A EDUCAÇÃO AMBIENTAL A LUZ DE DISTINTAS REPRESENTAÇÕES E TERRITORIALIDADES
Resumo
A educação ambiental é uma prática pedagógica desenvolvida na educação formal, ou seja, é a aplicação da dimensão ambiental no cotidiano escolar. Observamos atualmente a multiplicidade de pesquisas que buscam constituir a educação ambiental como um campo de possibilidades de construção de um novo jeito de produzir conhecimento, um novo jeito de pensar sobre a realidade. O presente estudo, nesse contexto, enfatiza as representações construídas por determinados grupos que podem contribuir para a prática da educação ambiental nas escolas públicas. O local escolhido para o desenvolvimento da pesquisa foi a Ilha do Bananal e entorno – Tocantins, especificadamente nos municípios de Pium, Cristalândia, Lagoa da Confusão e Formoso do Araguaia. O principal objetivo do trabalho foi analisar como os sujeitos que residem na Ilha do Bananal e no seu entorno – estado do Tocantins – se relacionam com este espaço e constroem territorialidades, visando entender as representações construídas pelos colaboradores da investigação sobre a Ilha do Bananal, e de que forma este conhecimento pode contribuir para a prática da educação ambiental nas escolas públicas do entorno da Ilha. Estabeleceram-se alguns objetivos específicos tomando como referência a observação da realidade: compreender as relações das comunidades do entorno da Ilha do bananal, os moradores e gestores do PARNA do Araguaia, a partir das suas representações sobre a própria Ilha do Bananal; identificar as territorialidades construídas pelos sujeitos que residem na Ilha do Bananal e no entorno; identificar os conflitos oriundos dos diferentes tipos de usos e das territorialidades dos sujeitos da pesquisa; investigar se as escolas públicas das cidades pesquisadas desenvolvem a EA, diagnosticando como ela acontece, e se as práticas de EA se relacionam com os conflitos da região pesquisada e, por fim, sugerir estratégias de EA para professores e professoras com base no conhecimento das territorialidades e conflitos na Ilha do Bananal e entorno – To. Por meio da pesquisa bibliográfica, da análise documental, das observações e da pesquisa campo e utilizando a entrevista e o depoimento pessoal desenvolveu-se uma pesquisa de natureza qualitativa. A partir dos dados levantados dos sujeitos da pesquisa, a saber, professores, fazendeiros, retireiros, indígenas e gestores do Parque Nacional do Araguaia, revelaram-se as territorialidades e a formação de territórios identitários, cuja relação identidade–território tem neste espaço o sentido de pertencimento dos indivíduos que nele vivem e o concebem, percebendo-se que esse sentimento de pertencimento manifesta-se de várias formas. Observaram-se, ainda, conflitos de uso do território da Ilha do Bananal por estes sujeitos, bem como uma diversidade de representações deste território, ficando evidente que a forma como estes percebem e representam a ilha do Bananal direciona o olhar de cada um, dentro de suas especificidades, e ao serem internalizadas, as representações expressam a relação do sujeito com o mundo e ao mesmo tempo situam o sujeito nesse mundo. Por fim, os dados apresentaram uma visão de como tem-se dado a práxis em educação ambiental na área pesquisada, tendo sido possível, assim, formular algumas sugestões de intervenção em educação ambiental para a área, pois apesar de toda proliferação de ações nas escolas tidas como de educação ambiental, nota-se que esta continua a imprimir um caráter sensibilizador e ingênuo de que só a mudança de comportamento é suficiente para resolver os dilemas ambientais.
Palavras-chave: Educação Ambiental – Representações – Território – Territorialidades.
Fonte: PosGeo